Localização: Avenida do Infante
Área: 10 000 m2
Altitude: 40 m
Proprietário: Região Autónoma da Madeira
Horário: Aberto de segunda-feira a sexta-feira, das 08:30 às 17:30 horas.
Fechado nos feriados e fins-de-semana
Preço de entrada: 3 euros por pessoa
Inicialmente chamou-se Quinta das Angústias talvez porque a capela anexa ao edifício principal, evoca nossa Senhora das Angústias (1662). Mais tarde, em consequência da sua localização privilegiada sobranceira ao mar, o nome desta quinta passou para Quinta Vigia provavelmente por ter existido neste espaço um posto de vigia para dar alarme de ataques de corsários ou outros navios inimigos.
Ao longo dos anos, foram várias as personalidades importantes que nesta quinta viveram, realçando-se D. Guiomar Madalena de Vilhena que foi, sem dúvida, a personagem mais marcante desta quinta mas, desde a sua origem, foram várias as personalidades da aristocracia europeia que aqui viveram. Destaca-se em 1847 a rainha Adelaide de Inglaterra, em 1849 o príncipe Maximiliano, Duque de Leuchtenberg e genro do Czar Russo Nicolau I, que procurou na ilha da Madeira alívio para a sua doença, e em 1852 – a imperatriz D. Amélia do Brasil, viúva de D. Pedro IV, e a sua filha, a princesa D. Maria Amélia, que aqui faleceu a 4 de Fevereiro de 1853 vítima de tuberculose pulmonar.
Mais tarde, na segunda metade do séc. XIX, a Quinta foi ocupada por Nicolau Hemiterio de la Tuelière e depois pelo Conde Alexandre Carlos Lambèrt, ajudante de campo da Imperatriz da Rússia. Durante o tempo que este aqui residiu, a Quinta teve o nome de Quinta Lambèrt.
Posteriormente, em 1903 foi vendida ao madeirense Dr. Júlio Paulo de Freitas, passando a chamar-se de novo Quinta das Angústias.
Ao longo dos anos a Quinta foi passando pela mão de numerosos proprietários, até que em 1979 foi adquirida pelo Governo Regional e tanto os seus edifícios como os jardins foram objeto de grandes remodelações. A 2 de Maio de 1984 foi inaugurada sede da Presidência e Residência Oficial do Presidente do Governo Regional da Madeira.
O jardim foi sofrendo alterações ao gosto dos seus proprietários, que introduziram diversas espécies botânicas, provenientes de regiões subtropicais, bem como alguns exemplares da flora da Madeira.
Ocupa uma área de, aproximadamente, 10.000m2 e apresenta diversos exemplares da flora macaronésica e de plantas exóticas. Nos diversos espaços ajardinados, observam-se árvores de grande porte que coabitam, harmoniosamente, com plantas arbustivas e uma diversidade de plantas herbáceas, que conferem diferentes tonalidades.
Nos diferentes espaços do jardim podem ser observados exemplares de espécies exóticas como a árvore-do-fogo Brachychiton acerifolius, o martinete Callistemon formosus, a magnólia Magnolia grandiflora, o tomateiro-arbóreo Cyphomandra crassicaulis, a palmeira-elegante Archontophoenix cunninghamiana, o manacá Brunfelsia pauciflora, a canforeira Cinnanomum camphora, a orquídea-de-cana Sobralia macrantha, a aráucaria Araucaria heterophylla; e espécies indígenas como o dragoeiro Dracaena draco subsp. draco, o pau-branco Picconia excelsa, o massaroco Echium nervosum, o gerânio-da-madeira Geranium maderense, a cila-da-madeira Autonoe madeirensis, a erva-coelho Pericallis aurita, o til Ocotea foetens, o barbusano Apollonias barbujana, a erva-branca Teucrium betonicum, entre muitos outros.