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Antiga Vigia – Deserta Grande Antiga Vigia – Deserta Grande


Apesar de terem sido referenciadas ainda no séc. XIV e já com a atual designação, oficialmente, as Ilhas Desertas apenas foram descobertas em 1420, pelos Portugueses, aquando do descobrimento oficial da Ilha da Madeira.

Estas foram várias vezes alvo de tentativas de colonização mas, devido à sua aridez e inexistência de água, nunca permitiram ser habitadas.

No entanto, sabe-se que, no final do século XVI, ficavam permanentemente na Deserta Grande, oito homens e um feitor que semeavam trigo e cevada para manter pastos para o gado ali introduzido. Desse tempo ainda restam uma eira em perfeito estado de conservação e alguns muros de pedra.

Também era costume, as pessoas da Ilha da Madeira irem à Deserta Grande e ao Bugio para recolherem urzela Roccella canariensis, um líquen que cresce nas escarpas, muito utilizado na altura para tingir tecidos de cor violeta e barrilha Mesembryanthemum crystallinum, M. nodiflorum, utilizada no fabrico de sabão, atividades estas que constituíam uma excelente fonte de rendimento.

Durante a Segunda Guerra Mundial, foi construído um acesso ao topo da Deserta Grande, onde foram instalados quatro postos de vigia para controlo das embarcações na zona. Estas vigias foram, posteriormente, utilizadas pelos caçadores de baleias para o avistamento destes animais.

Em 1959 e 1961, foram construídos os faróis do Ilhéu Chão e do Bugio, respectivamente.

Em 2003, foi colocado no Bugio um pequeno farol automático em substituição do antigo farol, que foi demolido devido ao seu estado precário de manutenção.

A primeira casa da Doca foi construída em 1988, substituída por outra em 2005 numa nova localização, devido ao perigo de desprendimento de rocha.