Localização: Estrada do Garajau, Santa Cruz
Área: 8.300 m2
Altitude: 218 - 277 m
Propriedade: Região Autónoma da Madeira
Entrada: livre
Horário: Aberto ao público todos os dias das 8:00h às 20:00h
O Jardim do Garajau, com abertura parcial ao público em setembro de 2019 e a totalidade da área no início de 2020, localiza-se na margem esquerda do Ribeiro da Abegoaria, na Freguesia do Caniço, Santa Cruz, sobre um antigo areeiro, de cuja memória restou uma imponente parede de areão. É um espaço gerido pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM, vedado, mas de acesso livre e com múltiplas valências.
O núcleo principal de recreio ativo (sugestivamente batizado de Sítio da Retoiça), intimamente ligado à esplanada do café e ao amplo relvado, é constituído por diversos equipamentos que apelam à motricidade, ao equilíbrio, à destreza física e à coordenação motora. Possui equipamentos multifacetados para as faixas etárias mais jovens, uma pirâmide de trepar e dois originais escorregas em inox encaixados na encosta. Um Campo de Petanca, um circuito de lombas (Trilho das Rodas) e o Ginásio das Pitangas completam o leque de espaços dedicados ao exercício físico ao ar livre, especificamente equipados para o efeito.
Um pequeno anfiteatro de linhas circulares (Refúgio dos Artistas) permite acolher eventos escolares e outras apresentações pedagógicas ou culturais, podendo constituir-se, igualmente, como ponto informal de encontro e convívio e convidar ao descanso, à leitura ou à meditação.
Por ser de instalação recente, a estrutura verde ainda não atingiu a maturidade, mas alberga uma biodiversidade vegetal considerável, que se espera vir a contribuir para atrair uma avifauna que complemente o cenário vivo, bem como insetos benéficos para o seu desenvolvimento.
A cobertura foi escolhida com tónica na melhoria do conforto bioclimático dos seus utentes e adaptada às condições, por vezes, agrestes, de vento, que ali se fazem sentir.
Uma clareira relvada de amplas dimensões permite inúmeras utilizações passivas e ativas e o estrato arbóreo conferirá, no futuro, o desejado sombreamento nos períodos de maior calor. Árvores subtropicais como as eritrinas-crista-de-galo (Erythrina crista-galli) e as acácias-rubras (Delonix regia) pontuam o jardim e aliam-se aos exemplares de copa frondosa como a rústica canforeira (Cinnamomum camphora), a magnólia-de-flores-grandes (Magnolia grandiflora) ou a brassaia (Schefflera actinophylla), tendo-se igualmente apostado em espécies de desenvolvimento escultural, caso das patas-de-elefante (Beaucarnea recurvata), das cordilines-da-austrália (Cordyline australis), dos dragoeiros (Dracaena draco) ou da árvore-do-viajante (Ravenala madagascariensis).
Com objetivos didáticos, estabeleceu-se a meia encosta um espaço ocupado por exemplares da flora indígena de baixa altitude, naturalmente adaptados a este tipo de habitat, como o já mencionado dragoeiro, o barbusano (Apollonias barbujana), a faia-das-ilhas (Morella faya), o zambujeiro (Olea maderensis), a murta (Myrtus communis), os massarocos (Echium nervosum), as figueiras-do-inferno (Euphorbia piscatoria) e as estreleiras (Argyranthemum pinnatifidum) entre muitos outros.
Uma colorida coleção de bromélias e um curioso jardim rochoso são outros exemplos de escolha de plantas com boa adaptação ao local.
A rega, automatizada, é feita com recurso a água de rega proveniente da Levada dos Tornos.
O jardim dispõe de instalações sanitárias adstritas à cafeteria e de lugares de estacionamento público ao longo do arruamento em número considerável. Possui duas entradas (Este e Oeste) e foi concebido para permitir um disfrute pedonal sem barreiras arquitetónicas.