A vegetação de altitude da Madeira tem uma distribuição a partir de 1650 m de altitude. É constituída fundamentalmente por plantas herbáceas e arbustivas reunidas em várias comunidades rupícolas e herbáceas, com várias espécies endémicas da ilha da Madeira, das quais se destacam Armeria maderensis, Anthyllis lemanniana, Deschampsia maderensis,Teucrium francoi, Echium candicans (massaroco), Erica maderensis (urze-rasteira),Orchis scopulorum (orquídea-da-rocha), Plantago malato-belizii, Viola paradoxa (violeta) entre outras.

Em algumas áreas restritas do maciço montanhoso central é possível observar núcleos de uma comunidade arbórea climácica endémica da Madeira com o nome de urzal de altitude. Trata-se de uma comunidade dominada por Erica arborea e E. platycodon e cientificamente denominada por Polystichum falcinelii-Ericetum arboreae. Este bosque foi no passado provavelmente co-dominado por Juniperus cedrus subsp. maderensis (cedro-da-madeira), do qual restam poucas exemplares devido ao seu abate para fins comerciais. Esta comunidade florestal, ao contrário da Laurissilva, apresenta pouca diversidade de plantas vasculares, das quais se destaca Erica platycodon subsp. maderincola, Vaccinium padifolium (uveira-da-serra), Teucrium francoi (abrótona), Sorbus maderensis (sorveira) e o feto Polystichum falcinellum. Nas áreas envolventes a este tipo de comunidade vegetal, a vegetação é constituída principalmente por urzais de Erica platycodon subsp. maderincola. Nas áreas mais degradadas podemos encontrar grandes extensões de espécies exóticas invasoras como o Ulex europaeus subsp. latebracteatus (carqueja) e Cytisus scoparius subsp. scoparius (giesta), em larga medida resultante da prática da pastorícia desordenada no passado e da ocorrência de incêndios.

No que se refere à brioflora do Urzal de altitude, apesar de abundante em cobertura e de colonizar todos os tipos de substratos, é muito pobre em termos de diversidade quando comparada com a Laurissilva do Til. Contudo, a vegetação briofítica aqui existente, em particular os briófitos epífitos, reveste-se de uma elevada importância na captação e fixação da água dos nevoeiros, promovendo também a sua retenção e escorrência lenta para o solo. Destacam-se as espécies dos géneros Microlejeunea, Drepanolejeunea, Harpalejeunea, Cololejeunea e Aphanolejeunea. Estes géneros são também frequentes na Laurissilva do Til.

Por outro lado, as comunidades rupícolas do Maciço Montanhoso Central incluem uma elevada diversidade de espécies de briófitos, destacando-se a espécie endémica da Madeira Bryoxiphium madeirense que ocorre sobre rochas vulcânicas húmidas ou com água escorrente e ainda outras espécies de ocorrência rara, tais como Anacolia webbii, Leptodon longisetus, Andreae alpestris e Andreae heinemannii entre várias outras.

 

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