LEVADAS PELA MÚSICA

Passatempo Levadas pela música

No passado dia 12 de junho, decorreu no anfiteatro do Jardim Botânico da Madeira Eng.º Rui Vieira, a apresentação pública dos trabalhos musicais e entrega de prémios às 7 escolas participantes no passatempo “Levadas pela música”.

Este passatempo, dinamizado pelo IFCN, foi destinado aos alunos 1º, 2º e 3º Ciclos da RAM e consistia na criação de uma composição musical, que honorificasse as “Levadas da Madeira”, um património construído que determinou a vida e a história cultural do povo madeirense.

Inscreveram-se no passatempo 7 instituições, nomeadamente a EB1/PE Assomada, EB1/PE de Câmara de Lobos, Escola Básica e Secundária Dr. Luís Maurílio da Silva Dantas, Externato Princesa Dona Amélia, EB23 Horácio Bento Gouveia, EB1/PE das Figueirinhas e a EBS de Santa Cruz, com um total de 153 crianças e 19 professores. Foram apresentadas e interpretadas sete composições musicais de excelente qualidade, resultado do fantástico trabalho efetuado pelos docentes e seus alunos!

Na iniciativa esteve presente a Secretária Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Rodrigues, o Presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM, Manuel Filipe, a Comissão Consultiva da Candidatura das Levadas da Madeira a Património Mundial da UNESCO e colaboradores do IFCN.

Este passatempo contou com o apoio das seguintes instituições: a Direção Regional da Cultura, a Águas e Resíduos da Madeira, S.A.; a Escola Agrícola da Madeira; a Direção Regional de Juventude; a equipa multimédia da Secretaria Regional de Educação, Ciência e Inovação; a Frente MarFunchal – Gestão e Exploração de Espaços Públicos e de Estacionamentos Públicos Urbanos do Funchal E.M.; a Lactogal Produtos Alimentares S.A.; a Insular – Produtos Alimentares, S.A.; a GESBA - Empresa de Gestão do Sector da Banana, Lda.; a Empresa de Cervejas da Madeira, Lda., e ainda ao professor e músico Filipe António.

FOTOS DO EVENTO

       

        

      

      

    

  

 

TRABALHOS MUSICAIS

EB1/PE da Assomada | Levadas da Madeira

 

EB1/PE de Câmara de Lobos | Levadas – Legado dos nossos avós

 

Externato Princesa Dona Maria Amélia | Risos e Brincadeiras nas Levadas da Madeira

 

EB 2ºe 3º Ciclos Dr. Horácio Bento Gouveia | As nossas Levadas

 

Escola Básica e Secundária de Santa Cruz | Estradas d’água

 

EB1/PE das Figueirinhas | Vai barquinho

 

Escola Básica e Secundária Dr. Luís Maurílio da Silva Dantas (Escola do Carmo) | Ó Levadas da Madeira

 


 IV SEMINÁRIO “LEVADAS DA MADEIRA”

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 Programa

 

Foi com o auditório cheio que se realizou o IV Seminário Levadas da Madeira, na Escola Agrícola da Madeira, no dia 15 de maio.

Durante a manhã, decorreram as apresentações por parte de elementos do grupo de trabalho da candidatura das Levadas da Madeira a Património Mundial da UNESCO e durante a tarde foram realizadas visitas ao Centro Levadas da Madeira, no Parque Temático da Madeira, em Santana.

 

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“LEVADAS COM ALMA”

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“Levadas com Alma” é um registo de memórias/vivências dos madeirenses no que respeita à sua relação com as levadas. Este projeto enquadra-se nas atividades pedagógicas do programa de educação ambiental do IFCN, IP-RAM, sob o tema das Levadas da Madeira, um Bem que é candidato a Património Mundial Cultural da UNESCO.

Trata-se de uma recolha de testemunhos destinada a todos os madeirenses, especialmente àqueles que amavelmente se disponibilizaram para contar as suas vivências sobre as Levadas da Madeira.

É uma iniciativa programada para trazer à luz memórias, vivências e curiosidades relacionadas com as levadas, que as pessoas queiram partilhar, de modo a registar e perpetuar esses testemunhos no tempo.


VÍDEO DA CANDIDATURA – LEVADAS A PATRIMÓNIO MUNDIAL CULTURAL


Levadas da Madeira – candidatas a Património Mundial Cultural

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As Levadas da Madeira representam um multifuncional sistema de canais de transporte de água, são usadas para o consumo humano, irrigação agrícola e demais regadio, ação de engenhos tradicionais, produção de energia elétrica e para usufruto da natureza, através do pedestrianismo.

Usando a gravidade, as águas são captadas nas nascentes da floresta primitiva e contornam abruptas montanhas com os canais a céu aberto ou em túneis escavados, alguns deles exclusivamente com a força braçal, para serem entregues em diversos pontos da ilha, consoante a sua finalidade.

Às Levadas da Madeira está associada uma diversidade de estruturas edificadas que fazem igualmente parte do património cultural madeirense. Destas edificações, destacam-se as galerias, casas de abrigo, casas de água, furnas, poios, poços, caixas de decantação, caixas de divisórias de água, serragem de água, moinho de água e centrais hidroelétricas. Igualmente relevantes são as estruturas de rega que podem ser encontradas em toda a ilha, a saber, as regadeiras e os tornadoiros. Todo este manancial está relacionado com o sistema e gestão da água neste território insular e a sua lógica distributiva, tão singulares que o distinguem de outros sistemas no mundo.

Concomitantemente, e construído à volta das Levadas da Madeira, existe um extenso património imaterial, incluindo práticas de regadio, a componente linguística, com termos e expressões que só a população madeirense compreende, assim como tradições, lendas e narrativas.

As “Levadas da Madeira” são candidatas a Património Mundial Cultural.

 

Levadas da Madeira - Candidatas à Lista do Património Mundial da UNESCO

Levadas Madeira Cand Pat Mund UNESCO


III SEMINÁRIO "Levadas da Madeira" 

 

Foi no dia 28 de junho que realizou-se no auditório do Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM), o III Seminário “Levadas da Madeira”, com abertura presidida pela Senhora Secretária Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas. Neste evento estiveram presentes as entidades envolvidas no processo da candidatura das Levadas a Património Mundial Cultural da UNESCO, nomeadamente, a ARM, EEM, DRC, SRAAC e o IFCN , bem como alguns oradores convidados, nomeadamente Dra. Vanda Serpa (SAACP) com o tema “A paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico”; a Doutora Susana Fontinha (SRAAC), coordenadora da candidatura das Levadas da Madeira, onde apresentou e fundamentou a candidatura deste Bem construído pelo povo madeirense; o Arq. João Carlos dos Santos (DGPC), onde abordou “Paisagem Cultural em Portugal” e o Arq. David Oliveira (SRAAC) que evidenciou a temática “Da construção às vivências”. No decorrer do dia houve momentos intitulados “Levadas pela conversa…”, onde os participantes, moderadores e convidados, abordaram e partilharam as suas vivências profissionais e lúdicas associadas às Levadas.

       
       
    

 Ao longo do seminário foi possível contar com vários e distintos momentos artísticos, ligados ao tema das Levadas da Madeira, de forma enriquecer o evento. A Drª Celina Pereira leu dois poemas da autoria da Dra. Rita Rodrigues; a escritora e ilustradora Rafaela Rodrigues apresentou o livro infantojuvenil “O Levadeiro” de sua autoria, e por fim, um momento musical com o grupo Fábrica Anónima que apresentou um inédito intitulado “Levadas”.

   

No dia 29 de junho, realizou-se uma saída de campo à Levada do Risco, no Rabaçal, sendo esta uma das 8 Levadas candidatas. Os participantes além de percorrerem a levada, tiveram a oportunidade de visitar o Centro de Receção do Rabaçal, um polo de informação e orientação ao visitante, inserido em plena área de Laurissilva.

 

       

 


Ao longo dos tempos as Levadas foram reconhecidas como um bem cultural de grande valor, quer pelo trabalho engenhoso edificado pelo povo madeirense e integrado na natureza, quer pela sua preciosa multifuncionalidade, ou seja, à sua importância no transporte de água para consumo humano, fins agrícolas, produção de energia elétrica e ao facto de serem vias de descoberta da paisagem madeirense.

Desde 2017, as “Levadas da Madeira” integram a Lista Indicativa de Portugal a Património Mundial, preenchendo assim um pré-requisito indispensável para a candidatura de Bens a Património da Humanidade, ou seja, a Património Mundial sob a égide da UNESCO. A candidatura “Levadas da Madeira” a Património da Humanidade está a ser preparada pelo Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas (SRAAC), tendo por base as regras estabelecidas pela UNESCO e seguindo o formulário de candidatura dos Bens a Património da Humanidade. Em fevereiro de 2022 foi entregue pela SRAAC à Comissão Nacional da UNESCO, a primeira versão da Candidatura das Levadas da Madeira a Património Cultural Mundial e em 2023 são candidatas por Portugal a Património da Humanidade.

Neste enquadramento, é de vital importância informar e divulgar a referida candidatura, promovendo a envolvência e a participação dos cidadãos neste processo, trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo IFCN, IP-RAM através de um conjunto de iniciativas.

Neste sentido foram dinamizadas as seguintes atividades:

- Programa de Educação Ambiental alusivo às “Levadas da Madeira”

- Passatempo “Levadas em miniatura”

- Passatempo “Levadartes”

- Levadas com Alma


O IFCN levou a exposição itinerante, “Levadas em miniatura” e “Levadartes” a variados espaços, dos diversos concelhos da RAM, informando e divulgando a candidatura das Levadas da Madeira a Património Mundial Cultural, promovendo a envolvência e a participação dos cidadãos neste processo.

2022

Parque Temático de Santana de 24 de junho a 6 de julho;

Feira do gado de 7 a 10 de julho;

Madeira Shopping de 11 a 31 de julho;

Caniço Shopping de 11 a 22 de agosto;

Casa da Cultura de 22 de agosto a 19 de setembro;

Junta de Freguesia de São Gonçalo de 19 de setembro a 30 de novembro;

Biblioteca de Machico de 6 a 20 de dezembro.

2023

Loja do Munícipe do Caniço de 11 de janeiro a 6 de fevereiro;

Escola Básica e Secundária de Santa Cruz de 6 a 20 de fevereiro;

Museu Etnográfico da Madeira de 13 de março a 24 de abril;

Câmara Municipal de Santana de 24 de abril a 19 de maio;

Centro Cívico do Curral das Freiras de 3 a 27 de outubro;

Centro Cívico do Estreito da Calheta de 27 de outubro a 4 de dezembro

2024

Município do Porto Santo de 11 a 15 de março;

Escola BS da Ponta de Sol de a 17 a 23 de abril;

Centro Multiusos do Porto Moniz a 23 de abril 13 maio;

Escola Agrícola da Madeira de 13 a 17 de maio.


SEMINÁRIO “LEVADAS DA MADEIRA CANDIDATAS A PATRIMÓNIO CULTURAL MUNDIAL”

Foi no dia 24 de junho de 2022, que decorreu o seminário “Levadas da Madeira candidatas a Património Cultural Mundial”, no Auditório do Parque Temático da Madeira, em Santana.

Os participantes tiveram a oportunidade de ficar a conhecer o ponto de situação da candidatura das Levadas da Madeira e ao mesmo tempo auscultar as diversas entidades envolvidas no seu processo de candidatura.

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No dia 25 de junho, percorreu-se uma das 8 levadas candidatas a Património Cultural Mundial: a Levada do Rei ou do Ribeiro Bonito.

Ao longo do percurso, foram proporcionados alguns momentos de informação relativa à gestão e distribuição de água da levada; à sua história e ainda sobre a biodiversidade ali existente.

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Programa


INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO COLETIVA RESULTANTE DOS PASSATEMPOS: "LEVADAS EM MINIATURA" E "LEVADARTES"

Foi inaugurada no dia 22 de junho, a exposição “Levadas em miniatura” e “Levadartes”, no Museu da Electricidade - Casa da Luz.

Estas exposições surgem no âmbito de dois passatempos lançados à comunidade escolar, alusivos à candidatura das “Levadas da Madeira” a Património Mundial Cultural, com o objetivo de informar e divulgar a referida candidatura, promovendo a envolvência e a participação da comunidade neste processo.

 

O passatempo “Levadartes” foi lançado aos alunos das artes visuais e multimédia do ensino secundário, profissional e superior, para a criação de uma mascote gráfica original alusiva às “Levadas da Madeira” e o passatempo “Levadas em miniatura” que consistiu na construção de uma maquete alusiva às “Levadas da Madeira” foi dirigido às crianças do Pré-escolar e do 1º Ciclo e aos utentes dos Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI´s).

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Foi criada uma exposição itinerante constituída por 10 estruturas autónomas (rol ups), com informação, em português e inglês, e que faz referência à origem das Levadas e à epopeia da sua construção; à rede de canais existentes na Madeira; à sua multifuncionalidade e sustentabilidade; à sábia e histórica relação do madeirense com as Levadas; e ainda alguma terminologia madeirense relacionada com o tema.

A exposição está disponível à população podendo ser solicitada ao IFCN, IP-RAM ( ou 291 145 594).

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Em 2019, foi dinamizado um workshop no auditório do Museu da Eletricidade – Casa da Luz, intitulado “Levadas da Madeira – 600 anos a vivificar a terra madeirense”.

Programa 

Galeria de fotos 

 

As Reservas da Biosfera são espaços reconhecidos internacionalmente pela UNESCO, através do programa o Homem e a Biosfera - MAB (do inglês Man and the Biosphere) que pretende conciliar a conservação da diversidade natural e cultural com o desenvolvimento social e económico local. A atribuição do galardão de Reserva Mundial da Biosfera constitui o reconhecimento internacional não só das riquezas patrimoniais locais, como também, das atividades e setores, que de forma constante promovem o desenvolvimento sustentável local.

As Reservas da Biosfera procuram integrar três funções principais que passam pela conservação da biodiversidade e do património cultural, pelo desenvolvimento económico sustentável do ponto de vista ambiental e sociocultural e pelo apoio logístico no que toca à investigação, monitorização, educação ambiental e formação.

Neste âmbito, as Reservas da Biosfera são consideradas:

- Espaços de excelência para o desenvolvimento de novos modelos que permitam uma melhor gestão dos recursos naturais e das atividades humanas;

- Instrumentos de apoio para a implementação de um desenvolvimento sustentável a nível local;

- Locais de aprendizagem.

 
Atendendo às características, valores naturais e planos de gestão das diversas áreas que integram, as Reservas da Biosfera são tradicionalmente organizadas em três zonas:

Zona Núcleo: constitui a principal e mais bem preservada área da reserva, encontrando-se sob vários regimes de proteção e onde se desenvolvem projetos de pesquisa, monitorização e educação.

Zona Tampão: área intermédia que envolve e protege a zona núcleo, pelo que as atividades aqui desenvolvidas encontram-se devidamente regulamentadas.

Zona de Transição: área mais externa da reserva e onde a comunidade, as autoridades e o meio científico cooperam ativamente na gestão da reserva.

Atualmente, estão inscritas na Rede Mundial de Reservas da Biosfera 12 Reservas da Biosfera Portuguesas, sendo que, duas delas são da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente, Santana e o Porto Santo. 

Saiba mais em:

https://en.unesco.org/node/314143

https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/redes-unesco/reservas-da-biosfera-da-unesco


 

candidatura

A Ilha do Porto Santo é uma Reserva da Biosfera!

O resultado foi anunciado no dia 28 de outubro de 2020.

No âmbito da sua candidatura foi criado um site de forma a se proceder à difusão de aspetos identitários relevantes, relativos à  Ilha do Porto Santo – Região candidata a Reserva da Biosfera da UNESCO, promovendo a divulgação das iniciativas inerentes a esta candidatura.

Poderá consultar toda a informação em:

https://portosantobiosfera.madeira.gov.pt

Plano de ação

Programa "Biosfera" - Porto Santo (EP5)

Programa "Biosfera" - Porto Santo (EP4)

Programa "Biosfera" - Porto Santo (EP3)

Programa "Biosfera" - Porto Santo (EP2)

Programa "Biosfera" - Porto Santo (EP1)

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 Ponta de São Lourenço  Laurissilva  Desertas

 

A diversidade dos valores naturais que o arquipélago da Madeira ostenta e a preocupação pela preservação dos mesmos, é comprovada pela diversidade de Áreas Protegidas existentes.

 

MAPA DAS ÁREAS PROTEGIDAS DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

MAPA DA ÁREA REDE NATURA 2000 DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

MAPA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

REDE DE MONUMENTOS NATURAIS DA RAM

CLASSIFICAÇÃO REGIONAL

CLASSIFICAÇÃO DA REDE NATURA 2000 (EUROPEU)

PORTAIS GEOGRÁFICOS PÚBLICOS

 

 

 

MAPA DAS ÁREAS PROTEGIDAS DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

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Estas englobam desde áreas exclusivamente terrestres, como o Parque Natural da Madeira, onde os valores naturais coabitam diariamente com a atividade humana e áreas exclusivamente marinhas, como a Reserva Natural Parcial do Garajau e a Reserva Natural da Rocha do Navio.

Englobam ainda áreas mistas (terrestres e marinhas), como a Reserva Natural das Ilhas Desertas, a Reserva Natural das Ilhas Selvagens e a Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo, autênticos santuários da vida selvagem terrestre e marinha, com enorme importância para a preservação de espécies únicas no mundo.

Em 2016 foi criada a  Área Protegida do Cabo Girão, na sua parte marinha pelo Parque Marinho do Cabo Girão e na sua parte terrestre pelo Monumento Natural do Cabo Girão e pela Paisagem Protegida do Cabo Girão.

Em 2018 foi criada a Área Protegida da Ponta do Pargo, composta na sua parte marinha pelo Parque Natural Marinho da Ponta do Pargo e na sua parte terrestre pelo Monumento Natural da Ponta do Pargo e pela Paisagem Protegida da Ponta do Pargo.

A juntar a esta diversidade de áreas protegidas, o território da Região Autónoma da Madeira apresenta ainda espaços classificados incluídos na Rede Natura 2000, quer ao abrigo da Diretiva Habitats (11 Zonas Especiais de Conservação – ZEC e 8 Sítios de Importância Comunitária - SIC) quer ao abrigo da Diretiva Aves (5 Zonas de Proteção Especial - ZPE). Refira-se que em 2016, a Região Autónoma da Madeira aprovou a inclusão do  Sítio Cetáceos da Madeira através da resolução n.º 699/2016, de 17 de outubro , sendo posteriormente aprovada pela Decisão de execução (UE) 2019/20 da Comissão de 14 de dezembro de 2018 que adota a sétima atualização da lista dos sítios de importância comunitária da região biogeográfica macaronésica e que está publicada em https://ifcn.madeira.gov.pt/biodiversidade/rede-natura-2000/classificacao-da-rede-natura-2000-europeu.html

 

INÍCIO

 

MAPA DA ÁREA REDE NATURA 2000 DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA 

rn2000 ram3

As políticas de conservação e de desenvolvimento sustentável dos espaços naturais da Região Autónoma da Madeira destacam o uso sustentado dos recursos naturais garantindo a proteção da sua enorme diversidade biológica, a qualidade ambiental e o desenvolvimento social, tanto para as presentes como para as futuras gerações.

INICÍO

 

MAPA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS DO ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA

areas classificadas ram1

INÍCIO

REDE DE MONUMENTOS NATURAIS DA RAM
mapa MonumentosNaturais Net

INÍCIO

 


CLASSIFICAÇÃO REGIONAL

ÁREA

TIPO CLASSIFICAÇÃO

Parque Natural da Madeira

Inclui áreas com diferentes tipos de proteção

Reserva Natural Parcial do Garajau

Reserva marinha

Reserva Natural da Rocha do Navio

Reserva marinha

Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo

Área Protegida (inclui a Área Classificada de ZEC)

Reserva Natural das Ilhas Desertas

Reserva Natural (sobrepõe a área classificada de ZEC) e incluída na área classificada de ZPE

Reserva Natural das Ilhas Selvagens

Reserva Natural (sobrepõe a área classificada de ZEC) e incluída na área classificada de ZPE

Área protegida do Cabo Girão

Parque Marinho; Monumento Natural e Paisagem Protegida

Área Protegida da Ponta do Pargo

Parque Natural Marinho; Monumento Natural e Paisagem Protegida

 

INÍCIO


CLASSIFICAÇÃO DA REDE NATURA 2000 (EUROPEU)

ÁREA

TIPO CLASSIFICAÇÃO

Maciço Montanhoso Central

Área Classificada de ZEC e ZPE apenas a zona oriental, totalmente incluída no PNM

Laurissilva

Área Classificada de ZEC e ZPE, maioritariamente incluída no PNM

Ponta de S. Lourenço

Área Classificada de ZEC, parcialmente incluída no PNM e ZPE

Ilhéu da Viúva

Área Classificada de ZEC, sobrepõe à Reserva Natural da Rocha do Navio

Achadas da Cruz

Área Classificada de ZEC

Moledos

Área Classificada de ZEC

Pináculo

Área Classificada de ZEC

Pico Branco (Porto Santo)

Área Classificada de ZEC

Ilhéus do Porto Santo

Área Classificada de ZEC, incluída na Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo

Ilhas Desertas

Área Classificada de ZEC (sobrepõe à Reserva Natural das Ilhas Desertas) e ZPE

Ilhas Selvagens

Área Classificada de ZEC (sobrepõe à Reserva Natural das Ilhas Selvagens) e ZPE

Paul do Mar - Jardim do Mar Área Classificada de SIC
Ribeira Brava Área Classificada de SIC
Cabo Girão Área Classificada de SIC
Caniço de Baixo Área Classificada de SIC
Porto Novo Área Classificada de SIC
Machico Área Classificada de SIC
Pico do Facho Área Classificada de SIC
Cetáceos Madeira Área Classificada de SIC

 

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PORTAIS GEOGRÁFICOS PÚBLICOS

Através das ligações SIG que estão disponíveis nos portais geográficos públicos, é possível obter  os limites das áreas classificadas da RAM. Consulte:

Catálogo Regional de dados geográficos

Registo Nacional de dados geográficos 

 

INÍCIO

 

Ponta de São Lourenço Maciço Montanhoso Laurissilva
Ponta de São Lourenço Maciço Montanhoso Laurissilva

O Parque Natural da Madeira (PNM) é uma área protegida peculiar, quer pela riqueza do património natural e da beleza das paisagens que encerra, quer pelo património cultural e pelo facto de estar na íntegra aberto ao público.
 

SOBRE

O Parque Natural da Madeira contempla zonas com diferentes estatutos de proteção, desde o mais elevado que corresponde às reservas totais e parciais, até ao mais baixo, a zona de transição. Esta zona estende-se por toda a periferia e representa cerca de 60% da área de PNM, tendo a função de tampão, isto é, de absorver os impactes das intervenções humanas, sendo essencialmente rural.
 
Inclui, igualmente, zonas de paisagem protegida, as quais apresentam panoramas naturais, seminaturais e humanizados de grande valor estético, resultado de uma intervenção harmoniosa do Homem no ambiente.
 
Visitar o PNM é descobrir a natureza! Para além de descobrir um espaço de conservação e observação da natureza, é espaço de recreio e lazer, de preservação das memórias do passado, das tradições rurais, do património edificado para além de espaço agrícola e florestal, desde a floresta autóctone, Laurissilva, até à de exóticas.
 
Estas caraterísticas particulares e ao mesmo tempo diferenciadas tornam este parque natural tão interessante, não só no contexto regional, como também, no nacional e no mundial.
 
Iniciando um passeio à beira-mar, subindo pela encosta, por entre os campos agrícolas com os caraterísticos palheiros e poios, passando pela densa floresta e continuando até às altas montanhas, podem ser observados vários ecossistemas naturais e humanizados, alguns dos quais se destacam pelos elevados valores biológicos que albergam, como a Laurissilva da Madeira, o Maciço Montanhoso e a Ponta de São Lourenço. 
 

CONTACTOS

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza


COMO VISITAR?

A melhor forma para visitar o PNM é a pé, percorrendo a rede de percursos recomendados. Ao efetuar estes percursos poderá desfrutar das paisagens de alta montanha no Maciço Montanhoso, da exuberância da Laurissilva, da singularidade da Ponta de São Lourenço e de paisagens agrícolas que apresentam a ruralidade da Ilha da Madeira.


LOCALIZAÇÃO

 
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O PNM consiste numa área protegida que abrange cerca de 2/3 do território da Ilha da Madeira, ou seja, o equivalente a 67% da sua superfície. Inclui todos os concelhos, desde o extremo este ao oeste, apresentando maior expressão no centro e na costa norte da ilha.
 
De uma forma geral, podemos referir que praticamente toda a Ilha da Madeira é PNM, com a exceção dos centros urbanos que se localizam maioritariamente na vertente sul, onde reside cerca de 70% da população, e de algumas localidades a norte. O município da Calheta é o que apresenta a mais elevada parcela desta área. Segue-se o do Porto Moniz, com a mais elevada percentagem, cerca de 84% da sua área, enquanto Funchal e Santa Cruz apresentam a menor área de parque natural.
 
Esta área protegida é caraterizada por possuir elevados valores naturais que constituem uma relíquia a nível mundial e que incluem algumas espécies em risco de extinção.
Inclui também espaços com valor cultural considerável dos quais destacamos as zonas de paisagem protegida e algumas áreas rurais, onde as atividades agrícolas desenvolvidas em socalcos têm deixado impresso na paisagem o esforço de séculos de ocupação humana e onde a par dum rico e diversificado património construído podemos encontrar saberes rurais transmitidos oralmente de geração em geração.

A par da riqueza em biodiversidade existente no arquipélago da Madeira também existe uma grande diversidade ao nível da geodiversidade, que como testemunho do passado, deve ser conhecida e preservada no presente e transmitida e salvaguardada para o futuro.Para obter mais informação aceda a http://geodiversidade.madeira.gov.pt/
 


VALORES NATURAIS 

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Caldeirão Verde Ponta de São Lourenço Maciço Montanhoso

A área de PNM apresenta altos e diversificados valores naturais, reconhecidos internacionalmente que ocorrem principalmente no Maciço Montanhoso Central, na Laurissilva e na Ponta de São Lourenço.
 

HABITATS

Habitats de Interesse Comunitário presentes no Maciço Montanhoso Central:
  • Charcos temporários mediterrânicos;
  • Charnecas macaronésicas endémicas;
  • Prados mesofilos macaronésicos;
  • Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica;
  • Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da Sedo albi-Veronicion dillenii;
  • Florestas endémicas de Juniperus spp.
 
Habitats de Interesse Comunitário presentes na Laurissilva da Madeira:
  • Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica;
  • Laurissilvas macaronésicas;
 
Habitats de Interesse Comunitário presentes na Ponta de São Lourenço:
  • Falésias com flora endémica das costas macaronésias;
  • Formações baixas de euforbiáceas junto a falésias.
 
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FAUNA

A fauna existente no PNM é extremamente rica, quer em vertebrados quer em invertebrados, nomeadamente espécies endémicas de moluscos terrestres e, de forma muito significativa, os insetos.
 
Na Laurissilva a avifauna apresenta um reduzido número de espécies e uma elevada taxa de endemismos. Nas zonas mais interiores da floresta e em melhor estado de conservação são observadas, regularmente, cerca de nove espécies de aves. O destaque obrigatório é o emblemático pombo-trocaz Columba trocaz e o bis-bis Regulus madeirensis, que são as únicas espécies endémicas neste ecossistema. O primeiro é considerado um dos exemplares mais antigos da avifauna Macaronésica. Tem uma dieta seletiva e parcialmente dependente dos frutos de diversas espécies de árvores, com particular relevo para o til, sendo considerado o semeador das árvores da Laurissilva.
O bis-bis é uma ave de pequeno porte, a mais pequena da avifauna madeirense, alimenta-se de insetos, o que seguramente lhe confere uma importância elevada ao nível do equilíbrio dos ecossistemas. O tentilhão Fringilla coelebs madeirensis, subespécie endémica da Ilha da Madeira apresenta um elevado nível de adaptação ao habitat insular. Este facto, aliado às diferenças morfológicas evidenciadas em relação às populações que ocorrem no Continente Europeu, pressupõe que a data da sua chegada à Ilha remonta a tempos bastante longínquos. Outras aves que ocorrem com alguma frequência são o melro-preto Turdus merula cabrerae, o papinho Erithacus rubecula rubecula, a lavandeira Motacilla cinerea schmitzi, e as duas rapinas, a manta Buteo buteo harterti e o francelho Falco tinnunculus canariensis. Nas zonas mais altas da Laurissilva, onde as árvores de grande porte começam a dar lugar aos urzais, ocorre ainda a galinhola Scolopax rusticola, muito discreta e normalmente passa despercebida aos visitantes.
 
Relativamente à fauna do Maciço Montanhoso, é obrigatório salientar a freira-da-madeira Pterodroma madeira que é uma das aves marinhas mais ameaçadas do mundo que ocorre exclusivamente na Ilha da Madeira, com o estatuto de conservação "Em Perigo". Vive exclusivamente no mar, apenas vindo a terra durante a época de reprodução entre fins de março e meados de outubro, altura em que podem ser ouvidas ao cair da noite quando voltam para os seus ninhos.
 
Quanto aos invertebrados terrestres, é a comunidade de artrópodes terrestres que apresenta a maior riqueza faunística, distribuída por uma grande variedade de grupos. É de salientar ainda o grupo dos Aracnídeos que ostenta uma presença bastante significativa ao nível das aranhas, dos ácaros e dos pseudoescorpiões, entre outros.
 
Na Ponta de São Lourenço o grupo com maior interesse é o dos invertebrados. Atualmente, são conhecidas 35 espécies de moluscos terrestres, das quais 24 são endémicas. No Ilhéu do Desembarcadouro foram identificadas 14 espécies sendo 12 endémicas, e no Ilhéu do Farol 13 espécies, sendo 11 endémicas.
Ao nível da avifauna, nidificam neste local aves marinhas, tais como: a cagarra Calonectris borealis, a alma-negra Bulweria bulwerii, o roque-de-castro Hydrobates castro, e o garajau-comum Sterna hirundo. No Ilhéu do Desembarcadouro nidifica uma das maiores colónias de gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis atlantis da Região. Quanto às aves terrestres, encontram-se frequentemente o corre-caminhos Anthus berthelotii madeirensis, o pintassilgo Carduelis carduelis parva, o pardal-da-terra Petronia petronia madeirensis e o canário-da-terra Serinus canaria canaria.
 

 

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Orquídea-da-serra Isoplexis

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FLORA

Da flora, presente no PNM, destacamos a da Laurissilva que é uma formação de caraterísticas higrófilas, endémica macaronésica, bem desenvolvida com áreas de conservação clímax, único Património Mundial Natural da UNESCO em Portugal, e onde estão presentes todos os estratos caraterísticos deste tipo de comunidade. Estudos no âmbito da fitossociologia, reconhecem nesta formação florestal várias comunidades vegetais climácicas que se encontram relacionadas com os andares bioclimáticos.De uma grande diversidade florística, é sobretudo ao nível do estrato herbáceo que pode ser encontrada a maior parte dos endemismos. Como exemplo, pode apontar-se a Goodyera macrophylla, orquídea endémica da Ilha da Madeira, conhecida por godiera-da-madeira.
 
Esta floresta de caraterísticas subtropical húmida representa um ecossistema de extrema importância sob o ponto de vista botânico e científico: trata-se de um património raro a nível mundial, onde, para além da Madeira, apenas ocorre com significado em algumas ilhas do grupo ocidental do Arquipélago das Canárias e Açores.
Noutras ilhas desta Região Autónoma, nomeadamente na Ilha do Porto Santo e na Deserta Grande, subsistem seres vivos característicos desta floresta, que são verdadeiros testemunhos da existência no passado de uma maior área de distribuição deste ecossistema.
 
A Laurissilva é caraterizada por árvores de grande porte, maioritariamente pertencentes à família das Lauráceas (o til Ocotea foetens, o loureiro Laurus novocanariensis, o vinhático Persea indica e o barbusano Apollonias barbujana), para além de outras, como o pau-branco Picconia excelsa, o folhado Clethra arborea, o aderno Heberdenia excelsa, o perado Ilex perado ou o cedro-da-madeira Juniperus cedrus. Por debaixo da copa das grandes árvores, abundam arbustos como a urze Erica arborea e Erica platycodon, a uveira Vaccinium padifolium, o piorno Genista tenera, o sanguinho Rhamnus glandulosa, o mocano Pittosporum coriaceum e Musschia wollastonii encontrando-se ainda um estrato mais baixo, rico em fetos, musgos, líquenes, hepáticas e outras plantas de pequeno porte, com numerosos endemismos.
 
Outro espaço também importante a nível de flora é o Maciço Montanhoso. O coberto vegetal desta área, carateriza-se pela presença de várias plantas endémicas da Madeira, de que são exemplo a violeta-da-madeira Viola paradoxa. Podemos ainda encontrar aqui a urze-rasteira Erica maderensis, a orquídea-da-serra Dactylorhiza foliosa e a antilídea-da-madeira Anthyllis lemanniana. Todas estas plantas encontram-se perfeitamente adaptadas ao rigoroso clima desta área, onde pontificam as grandes amplitudes térmicas e os ventos intensos. Desempenham um papel muito importante na captação de água através da pluviosidade oculta, para além de contribuírem para a fixação do solo, combatendo a erosão.
 
Com igual importância é a flora que ocorre na Ponta de São Lourenço, que atualmente, conta com 157 plantas vasculares distintas, das quais 141 na península e 71 no Ilhéu do Desembarcadouro. Observam-se plantas como as barrilhas Mesembryanthemum crystallinum, Mesembryanthemum nodiflorum e Suaeda vera, a Maçacota Bassia tomentosa, o funcho-marinho Crithmum maritimum e alguns endemismos, como: o massaroco Echium nervosum, a estreleira Argyranthemum pinnatifidum succulentum e o Goivo-da-rocha Matthiola maderensis. Com alguma raridade temos a rasteira Frankenia laevis, a Silene uniflora, Silene behen, Astragalus solandri e a vaqueira Calendula maderensis. No Ilhéu do Desembarcadouro existem extensas manchas de Trevina e vários endemismos macaronésicos e madeirenses, tais como: Alpista Phalaris maderensis, Beta patula (espécie exclusiva deste ilhéu), a almeirante Crepis divaricata, diabelha Plantago coronopus, couve-da-rocha Crambe fruticosa e o Rumex bucephalophorus canariensis.

 

 


VALORES CULTURAIS

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Palheiros

O PNM engloba um considerável património cultural, bastante rico e diversificado, permitindo descobrir os saberes transmitidos oralmente de geração em geração e onde se podem observar aspetos da humanização da paisagem que remontam ao início do povoamento da ilha, destacando-se o património rural com um conjunto riquíssimo de saberes fazer, tradições e património edificado.
 
O património rural construído traduz-se num vasto conjunto de construções e tipologias que urge preservar e valorizar para as gerações futuras, e que vai para além das casas tradicionais, passando pelos solares com capelas, tanques de pedra, palheiros, fontanários, moinhos de água, levadas, as tradicionais adegas e lagares, e até mesmo os caminhos reais e igrejas.
 
Ao nível do Património Rural foi desenvolvido o projeto: "O Património Rural no Parque Natural da Madeira - a norte e a oeste da Ilha da Madeira", e de modo, divulgar e promover a valorização e promoção dos saberes e tradições das comunidades rurais foi desenvolvido o “Levantamento das plantas e seus usos tradicionais”.
 

INÍCIO

 

HISTORIAL

 

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"…A criação dum Parque Nacional na ilha da Madeira representará tanto no sentido nacional, como internacional, uma obra de valor inestimável, e a 1ª Conferência Nacional da Proteção da Natureza, hoje aqui iniciada, tem exatamente como principal objetivo estudar as condições em que tal poderá ser conseguido."

 

Eng.º Baeta Neves

 

Presidente da Direção da Liga para a Proteção da Natureza

 

Funchal, 10 de Abril de 1950

 

Se, em 1950, já se levantaram vozes sugerindo a criação dum parque para a preservação da natureza na Ilha da Madeira, foi na década de 70 que foram efetuados os levantamentos e estudos para a classificação duma área de parque natural, nesta ilha.
 
Em 10 de Novembro de 1982, veio a ser criado o PNM pelo Decreto Regional n.º 14/82/M, tendo por principais objetivos proteger a natureza, a biodiversidade, o equilíbrio ecológico e a paisagem, bem como, promover a qualidade de vida, salvaguardando um vasto património natural que constitui uma relíquia a nível mundial e inclui espécies em risco de extinção, bem como, a preservação de algumas áreas humanizadas de elevada qualidade estética e paisagística e de valiosos de saberes.
 
Em 1992, a Laurissilva foi classificada de Reserva Biogenética pelo Conselho da Europa sendo, em 1999, incluída na lista do Património Natural Mundial da UNESCO, o único Património Natural Mundial de Portugal.
 
Em 2001, foi integrada como Sítio de Importância Comunitária da Rede Ecológica Europeia Natura 2000 e, no âmbito da Diretiva Aves, é Zona de Proteção Especial. Em 2009, e após a aprovação do seu Plano de Ordenamento e Gestão, passou a Zona Especial de Conservação.
 
O Maciço Montanhoso Central, totalmente integrado no PNM como Reserva Geológica e de Vegetação de Altitude, foi classificado, em 2001, como Sítio de Importância Comunitária da Rede Ecológica Europeia Natura 2000, passando em 2009, e após a aprovação do seu Plano de Ordenamento e Gestão, a Zona Especial de Conservação. Ao abrigo da Diretiva Aves, a sua parte oriental é Zona de Proteção Especial.
 
Desde a criação do PNM, a parte terrestre da Ponta de São Lourenço está inserida na sua área.
Em 1996, dada a importância deste território e de modo a preservar o seu valioso património natural, o Governo Regional da Madeira adquiriu os terrenos que compõem a Ponta de São Lourenço, a partir do denominado Paredão da Baía d’Abra, incluindo a Casa do Sardinha. Desde então, esta casa funcionou como estação de observação e vigilância do PNM, onde uma equipa de vigilantes da natureza exerce as suas funções.
Desde Junho de 2010, este espaço encontra-se aberto ao público, tendo sido remodelado num Centro de Receção a visitantes.
  
Desde 2001, esta área terrestre em conjunto com a área marinha adjacente, na costa norte (desde o extremo este do Ilhéu do Farol até à Ponta do Espigão Amarelo), até à batimétrica dos 50 metros, integra a Rede Natura 2000, inicialmente como Sítio de Importância Comunitária. Com a aprovação do Plano de Ordenamento e Gestão, a sua classificação passou a Zona Especial de Conservação.
 
Em 2014 foi criada uma Zona de Proteção Especial cujos limites coincidem com os limites da ZEC incluindo também a área marinha a Sul até à batimétrica dos 50 metros (Decreto Regulamentar Regional nº3/2014/M, de 3 de março de 2014). Em 2015, os limites da ZEC foram alterados passando a incluir uma área de 1320ha (Resolução nº1226/2015, de 29 de dezembro de 2015). 
 
Está ainda classificada, pela Birdlife Internacional, como IBA (Important Bird Area), por ser um local de nidificação de algumas aves marinhas protegidas.
 
Desde 2011, toda a área de Parque Natural da Madeira no concelho de Santana é Reserva da Biosfera.
 


GESTÃO E PROTEÇÃO

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Levadas Casa  do Sardinha – Ponta de São Lourenço


ESTATUTOS DE PROTEÇÃO

Parque Natural da Madeira
Área protegida que inclui zonas com diferentes estatutos de proteção, desde um grau de proteção mais elevado até á zona de transição, faixa por toda a periferia com uma proteção mais leve, onde se pretende que existam as atividades humanas de modo controlado, tendo assim uma função de tampão e sendo possível haver uma menor pressão humana e uma proteção com um grau mais elevado nas áreas mais interiores e adjacentes a esta faixa.
Inclui também zonas de paisagem protegida, as quais apresentam panoramas naturais, seminaturais e humanizados de grande valor estético.
 
Maciço Montanhoso Central 
Área Classificada de Zona de Proteção Especial, ao abrigo da Diretiva Aves e como Zona Especial de Conservação, integrando a Rede Natura 2000.
O uso deste território é regulamentado pelo Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central.
 
Laurissilva 
Área Classificada de Zona de Proteção Especial, ao abrigo da Diretiva Aves e como Zona Especial de Conservação, integrando a Rede Natura 2000.
O uso deste território é regulamentado pelo Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira.
 
Ponta de São Lourenço 
Área Classificada como Zona Especial de Conservação, integrando a Rede Natura 2000.

O uso deste território é regulamentado pelo Plano de Ordenamento e Gestão da Ponta de São Lourenço, que estabelece Áreas de Proteção Total (os Ilhéus do Desembarcadouro e do Farol), Áreas de Proteção Parcial (península da Ponta de São Lourenço) e Áreas de Proteção Complementar (as praias, miradouros e Capela da Nossa Senhora da Piedade).
 

ATIVIDADES PERMITIDAS/INTERDITAS

Nas áreas de proteção total não é permitida qualquer atividade humana, à exceção de trabalhos científicos, ações de conservação, atividades de sensibilização e educação ambiental.

Nas áreas de proteção parcial aplica-se um controlo das atividades a desenvolver, privilegiando-se a realização de trabalhos científicos, ações de conservação, atividades de sensibilização e educação ambiental e outras atividades, lúdicas e de lazer, devidamente autorizadas pelo Instituto das Florestas e  Conservação da Natureza, que não prejudiquem os valores locais e os equilíbrios dos ecossistemas.

Nas áreas de proteção complementar pretende-se uma utilização sem comprometer o equilíbrio ambiental, ao mesmo tempo que se desviam as atividades humanas das áreas protegidas mais sensíveis.
De uma forma geral, em toda a área de PNM, é proibido o abandono ou despejo de aterros, lixos, materiais poluentes, detritos ou sucata.

Carece de autorização prévia do Instituto das Florestas e  Conservação da Natureza a realização de quaisquer obras de edificação, abertura de estradas, caminhos e outras vias de acesso, bem como a extração de produtos inertes de qualquer natureza, a efetuar na área de PNM.

Nos espaços agrícolas, é ainda apoiado e incentivado o modo de produção biológica.

A caça só é permitida para as espécies cinegéticas constantes na legislação vigente relativa à atividade venatória e no edital publicados anualmente onde, além das espécies a caçar, são definidos os períodos venatórios, os locais e os processos de caça.

Para informação mais detalhada consulte abaixo os Regulamentos dos Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira, da Laurissilva da Madeira e da Ponta de São Lourenço.
  
 
 

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Resolução do Conselho de Governo n.º 1291/2009, de 2 de outubro – Procede à classificação de Sítio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial de Conservação (ZEC).
Decreto Regulamentar Regional nº13/2003/M, de 02 de maio - Altera o Decreto Regulamentar Regional nº13/93/M, de 25 de maio.
Decreto Regulamentar Regional nº19/99/M, de 30 de novembro - Altera o Decreto Regulamentar Regional nº13/93/M, de 25 de maio.
Decreto Regulamentar Regional nº13/93/M, de 25 de maio - Aprova a orgânica do Serviço do Parque Natural da Madeira.
Decreto Legislativo Regional nº11/85/M, de 23 de maio - Define as medidas preventivas, disciplinares e de preservação relativas ao Parque Natural da Madeira.
 

 

 

PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO, ESTUDOS E PROJETOS EM CURSO

INÍCIO

 

LOGOTIPO

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O símbolo do PNM representa a biodiversidade do Parque Natural da Madeira e tem o seguinte significado:

Azul e Amarelo: Cores da Região
Nuvem: Nevoeiros da Laurissilva
Montanhas verdes ao fundo: Laurissilva
3 folhas: Til, Loureiro e Vinhático (por esta ordem)
Ave: Manta, espécie emblemática, taxa endémico da Região e presente ao longo de todo o Parque Natural da Madeira

 

 

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Rocha do Navio Centro de receção Sala de exposições

A Reserva Natural do Sítio da Rocha do Navio tem uma área total de 1710 hectares e um comprimento total de 6259 metros.

 

SOBRE

CONTACTOS

COMO VISITAR?

LOCALIZAÇÃO

VALORES NATURAIS

VALORES CULTURAIS

HISTORIAL

GESTÃO E PROTEÇÃO

PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO, ESTUDOS E PROJETOS EM CURSO

 

 

SOBRE

É exclusivamente marinha e delimitada entre a Ponta do Clérigo a este e a Ponta de São Jorge a oeste e entre a linha definida pela preia-mar máxima e a batimétrica dos 100 metros, incluindo o Ilhéu da Rocha das Vinhas e o Ilhéu da Viúva.

A linha de costa da reserva é caraterizada por ser de arriba alta, rochosa e de difícil acesso. Contempla duas praias de calhau rolado - uma entre a Ponta de São Jorge e a Ponta de Santana; a outra, entre a Ponta de Santana e a Ponta do Clérigo. Próximo destas praias encontram-se, respetivamente, o Ilhéu da Rocha das Vinhas ou Ilhéu de São Jorge, e o Ilhéu da Viúva ou Ilhéu da Rocha do Navio.

O Ilhéu da Viúva possui uma altitude máxima de 94 metros e uma área planificada de aproximadamente 1,4 ha, é furado e destaca-se pela sua grandiosidade e beleza. Aqui é possível observar algumas plantas próprias das falésias litorais macaronésicas, algumas das quais são raras no espaço insular. Encontra-se integrado na Rede Ecológica Europeia de Zonas Especiais de Conservação - Rede Natura 2000.

Trata-se de um sítio que se reveste de valor natural, científico e cultural onde se destaca o património botânico. O Ilhéu da Viúva alberga um património florístico natural caraterístico do litoral madeirense, onde se evidenciam várias espécies de plantas exclusivas do arquipélago da Madeira.

O nome Rocha do Navio provém do naufrágio de uma escuna de nacionalidade holandesa, que ocorreu no século XIX em consequência de ventos fortes.

A reserva é visitada por um número significativo de pessoas residentes e estudantes dos vários estabelecimentos de ensino. A sua divulgação processa-se através de visitas e de ações de sensibilização e de informação. Trata-se de uma área protegida onde é possível compatibilizar os interesses recreativos e de conservação da natureza com os da atividade piscatória.

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CONTACTOS

Coordenação da Reserva

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COMO VISITAR?

O acesso à Reserva Natural da Rocha do Navio faz-se através do Miradouro da Rocha do Navio por uma vereda escarpada na rocha ou por teleférico e o acesso ao mar é altamente limitado pelo estado do mar, frequentemente alteroso na costa norte da ilha.

No âmbito da Educação Ambiental existe um programa de visitas à Reserva, no qual poderá participar qualquer grupo de caráter pedagógico. Para tal, contacte o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. Consulte igualmente o programa de atividades de Educação Ambiental.

 

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LOCALIZAÇÃO

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Teleférico


A reserva localiza-se no litoral norte da Ilha da Madeira, no Concelho de Santana. É delimitada entre a Ponta do Clérigo a este e a Ponta de São Jorge a oeste e entre a linha definida pela preia-mar máxima e a batimétrica dos 100 metros, incluindo o Ilhéu da Rocha das Vinhas e o Ilhéu da Viúva, perfazendo um total de 1710 ha.

A par da riqueza em biodiversidade existente no arquipélago da Madeira também existe uma grande diversidade ao nível da geodiversidade, que como testemunho do passado, deve ser conhecida e preservada no presente e transmitida e salvaguardada para o futuro. Para obter mais informação aceda a http://geodiversidade.madeira.gov.pt/

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VALORES NATURAIS

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Cardume


HABITATS

A reserva natural da Rocha do Navio combina uma variedade de fatores que a faz apresentar habitats que são representativos e importantes para a conservação in situ da biodiversidade.

Dado à grande importância destes habitats, alguns estão classificados de "Habitats de interesse comunitário".

Habitats de interesse comunitário presentes na Reserva Natural da Rocha do Navio:

  • Falésias com flora endémica das costas macaronésias;
  • Formações baixas de euforbiáceas junto a falésias;
  • Grutas marinhas submersas ou semi-submersas.

FAUNA

Do ponto de vista ornitológico, constitui um local privilegiado para a nidificação de algumas espécies de aves marinhas pelágicas, da ordem dos Procelariformes, das quais a cagarra Calonectris borealis é um bom exemplo. Estas aves migratórias dependem de áreas com pouca perturbação e inacessíveis aos predadores, para nidificarem. Desta forma, locais como o Ilhéu da Rocha das Vinhas assumem, nos nossos dias, particular importância.

Outras aves marinhas que procuram estes habitats são a alma-negra Bulweria bulwerii e o roque-de-castro Hydrobates castro. Aqui podemos encontrar como nidificantes, duas aves marinhas costeiras: o garajau-comum Sterna hirundo e a gaivota-de-patas-amarelas Larus michahellis.

Na área terrestre adjacente à reserva podem ser observadas todas as rapinas diurnas que nidificam no arquipélago: a manta Buteo buteo harterti, o francelho Falco tinnunculus canariensis e o fura-bardos Accipiter nisus granti. As mais comuns nas cotas mais baixas são a manta e o francelho, duas aves que na Madeira apresentam o estatuto de Pouco Preocupante. A única rapina noturna do arquipélago, a coruja-das-torres Tyto alba schmitzi, nidifica também nas áreas adjacentes à reserva, podendo ser vista, ou pelo menos ouvida, frequentemente.

Associadas aos campos agrícolas, que na Fajã da Rocha do Navio vão quase até à zona das marés, podemos encontrar o melro-preto Turdus merula cabrerae e a toutinegra Sylvia atricapilla.

A cotas sensivelmente mais altas, em direta relação com a existência de vegetação arbustiva e arbórea de pequeno porte ocorrem ainda o tentilhão Fringilla coelebs maderensis e o bis-bis Regulus madeirensis.

No ambiente marinho, devido ao grande hidrodinamismo das suas águas, existe uma enorme aglomeração de peixe de distintas espécies, algumas com interesse comercial e de subsistência para a população local. Nesta riqueza ictiológica destacam-se, como espécies residentes, alguns peixes de grande porte, como sejam o mero Epinephelus marginatus, o badejo Mycteroperca fusca e o peixe-cão Bodianusscrofa, assim como uma grande variedade de outras espécies costeiras como o sargo Diplodus sargus, o sargo-veado Diplodus cervinus, o bodião Sparisoma cretense, o peixe-verde Thalassoma pavo e as castanhetas Abudefduf luridus e Chromis limbata. Típicas destes fundos rochosos são as moreias Muraena helena, M. augusti, Enchelycore anatina e Gymnothorax unicolor.

Nas rochas existem manchas coloridas de cor laranja, vermelho e castanho que não são mais do que colónias de ascídias que se assemelham muito com as esponjas-marinhas.Os ouriços-do-mar não são muito frequentes e estão inseridos em pequenas concavidades. Na zona de marés encontram-se ainda, caramujos Gibbula spp. e Monodonta spp. e lapas Patella spp..

Esporadicamente podem ser avistados o golfinho Tursiops truncatus, o lobo-marinho Monachus monachus e a tartaruga-careta Caretta caretta, espécies da fauna constantes do Anexo II da Diretiva Habitats. São espécies que por estarem apenas de passagem, e porque passam a maior parte do tempo submersas emergindo periodicamente para respirar, são de difícil observação. No caso do lobo-marinho, que geralmente utilizam praias no interior de grutas para repouso e reprodução, têm aqui uma gruta próximo ao Ilhéu da Viúva com condições para ser utilizada, o que aconteceu no passado.

 

FLORA

Trata-se de um sítio que se reveste de valor natural, científico e cultural onde se destaca o património botânico. O Ilhéu da Viúva alberga um património florístico natural caraterístico do litoral madeirense, onde se evidenciam várias espécies de plantas exclusivas do arquipélago da Madeira, nomeadamente: o massaroco Echium nervosum, a figueira-do-inferno Euphorbia piscatoria, o goivo-da-rocha Matthiola maderensis e o ensaião Aeonium glandulosum, para além do zimbreiro Juniperus sp. - árvore indígena muito rara. Esta vegetação é predominantemente herbácea e arbustiva, de caraterísticas xerofíticas, com grande multiplicidade de endemismos madeirenses e macaronésicos.

O interessante núcleo de zimbreiros aqui existente corresponde a uma espécie pouco frequente na Madeira e que foi muito utilizada no fabrico de mobiliário. Trata-se de uma árvore caraterística do litoral das ilhas da Madeira e do Porto Santo, apresentando no Ilhéu da Viúva um dos maiores portes de que há conhecimento.

Nas escarpas adjacentes à reserva, contempla-se igualmente vegetação caraterística das falésias costeiras macaronésicas, à qual se aliam redutos de Laurissilva, com destaque para alguns exemplares de faia-das-ilhas Myrica faya, barbusano Apollonias barbujana, alegra-campo Semele androgyna, seixeiro Salix canariensis e cabreira Phyllis nobla. A flora marinha é abundante, embora não seja muito diversificada. Na zona intertidal e infralitoral superior formam-se tapetes da alga-verde Codium adhaerens e da alga-castanha Halopteris filicina. Com o aumento de profundidade e a diminuição de luz a abundância da alga-verde é substituída pela alga-castanha Lobophora variegata e alga-vermelha Asparagopsis armata.

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VALORES CULTURAIS

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Lagar


Na fajã da Rocha do Navio, onde a agricultura é praticada em pequenas parcelas, pode-se observar um lagar e um tanque para água escavados na própria rocha. São testemunhos da obra humana, dos agricultores daquela zona, numa tentativa de ultrapassar as dificuldades físicas impostas pelo acesso àquela área.

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HISTORIAL

Esta reserva, criada em 1997, surgiu da vontade da população local, uma vez que estava consciente da degradação progressiva dos recursos pesqueiros do litoral do Concelho de Santana, consequência das ações de pesca indiscriminadas, devastadoras dos recursos haliêuticos.

A pesca era essencialmente efetuada com recurso às prejudiciais redes de emalhar e ao uso criminoso de explosivos. Para além de se pretender travar a desertificação dos fundos marinhos e contribuir para o repovoamento dos mesmos, objetivaram-se outras ações de conservação aliadas às atividades lúdico turísticas.

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GESTÃO E PROTEÇÃO

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Peixe-cão


ATIVIDADES PERMITIDAS/INTERDITAS

O enquadramento legal para a proteção da Reserva Natural da Rocha do Navio estabelece uma Área Protegida Marítima que vai desde a Ponta do Clérigo a este e a Ponta de São Jorge a oeste e entre a linha definida pela preia-mar máxima e a batimétrica dos 100 metros, incluindo os Ilhéus Rocha das Vinhas e da Viúva.

Em toda a área de reserva é permitida:

  • a pesca comercial e a pesca sem fins comerciais, designadamente a desportiva e à linha;
    a apanha de lapa e caramujo no calhau;
  • o mergulho amador;
  • as atividades náuticas com caráter desportivo não motorizadas.

Está interdito em toda esta área:

  • o uso de redes de emalhar ou outras, exceto as empregues na captura de isco vivo e o peneiro, empregue na captura da castanheta;
  • a colheita, captura, detenção e ou abate de quaisquer espécies de aves ou plantas;
  • o despejo de quaisquer detritos sólidos ou líquidos;
  • a extração de quaisquer inertes, quer de origem marinha, quer terrestre;
  • a apanha de lapa e caramujo de mergulho;
  • a caça submarina.


Para informação mais detalhada consulte abaixo o Regulamento do Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Ilhéu da Viúva.

 

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

Portaria 78/2017, de 16 de março, que suspende parcialmente a produção de efeitos da Portaria 30/2017, de 8 de fevereiro, que estabelece as taxas devidas pelo serviços prestados pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM.
Portaria n.º 30/2017, de 8 de fevereiro  - Estabelece as taxas dos produtos e serviços prestados pelo IFCN

Resolução n.º 751/2009 - Procede à passagem de Sítio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial de
Conservação (ZEC)

Regulamento do Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Ilhéu da Viúva

Decreto Regulamentar Regional nº11/97/M, de 30 de julho - Cria a Reserva Natural do Sítio da Rocha do Navio.

Consulte ainda o Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Ilhéu da Viúva!

INÍCIO

 

PROGRAMAS DE CONSERVAÇÃO, ESTUDOS E PROJETOS EM CURSO

INÍCIO

 

 

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Ilhéu de Baixo Ilhéu de Fora e Ilhéu das Cenouras  Tartaruga-comum

A particularidade ecológica da área costeira da Ilha do Porto Santo, complementada pela presença de ilhéus rochosos, com particular relevância do ponto de vista da biodiversidade, assim como, o uso desta área de uma forma sustentada levou à criação da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo.

 

Nesta secção pode consultar os Planos de Ordenamento e Gestão das diferentes áreas protegidas da Região Autónoma da Madeira:

 
 

 NOME

ÁREA PROTEGIDA

                                                  

 Plano de Ordenamento e Gestão das Ilhas Desertaslogopdf

 Reserva Natural das Ilhas Desertas

pogidesertas

 

Plano de Ordenamento e Gestão das Ilhas Selvagenslogopdf

 

Reserva Natural das Ilhas Selvagens

pogiselvagens

 

Plano Especial de Ordenamento e Gestão da Reserva Natural Parcial do Garajaulogopdf 

 

Reserva Natural Parcial do Garajau 

peogrngarajau

 

Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Sítio da Rede Natura 2000 do Ilhéu da Viúvalogopdf


Reserva Natural do Sítio da Rocha do Navio

pmgciviuva

Plano de Ordenamento e Gestão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santologopdf

 Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo

peogramportosanto

 

Plano de Ordenamento e Gestão da Ponta de São Lourençologopdf

 

Ponta de São Lourenço

peogpslourenco

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Centrallogopdf 

 Maciço Montanhoso Central

POGMMC 

 Plano de Ordenamento e Gestão da Floresta Laurissilvalogopdf

 Floresta Laurissilva

 POGL

Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Sítio da Rede Natura 2000 do Pináculologopdf

Pináculo 

pmgcpinaculo

 Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Sítio da Rede Natura 2000 dos Moledos - Madalena do Marlogopdf

 Moledos - Madalena do Mar

MGCMoledos 

 Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Sítio da Rede Natura 2000 das Achadas da Cruzlogopdf

 Achadas da Cruz

MGCAchadasdaCruz 

 Programa de Medidas de Gestão e Conservação do Sítio da Rede Natura 2000 do Pico Branco - Porto Santologopdf

Pico Branco 

MGCPicoBranco

Resolução n.º 751/2009
Procede à passagem de Sítio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial de
Conservação (ZEC)

Pico Branco - Porto Santo, do Ilhéu da Viúva, nas Achadas da Cruz, dos Moledos, no Pináculo.

decretorochanavio

Resolução n.º 1291/2009
Procede à classificação de Sitio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial

de Conservação (ZEC) de alguns Sítios de Interesse Comunitário.

Ilhas Desertas, Ilhas Selvagens, Ponta de São Lourenço Res12911295200901

Resolução n.º 874/2009, de 28 de julho

Procede à classificação de Sitio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial de Conservação (ZEC) dos Sítios de Interesse Comunitário: Laurissilva da Madeira e Maciço Montanhoso Central.

Laurissilva da Madeira e Maciço Montanhoso Central Res 874200928julho01

Resolução n.º 1341/2009, de 3 de novembro

Procede à classificação de Sitio de Importância Comunitária (SIC) para Zona Especial de Conservação (ZEC) do SIC “Ilhéus do Porto Santo (PTPOR 0001)

Ilhéus do Porto Santo Res1341200901
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O Maciço Montanhoso compreende toda a cordilheira montanhosa central da ilha da Madeira, que a divide em duas vertentes, Sul e Norte, bem distintas e com declives acentuados. Ocupando uma área de cerca de 8200 hectares, este Maciço engloba as áreas localizadas acima dos 1400 metros de altitude, onde são consideradas duas zonas distintas, a parte Oriental e a Ocidental. É na parte Oriental do Maciço que se situam os picos de maior altitude, sendo os mais relevantes, o Pico Ruivo (1862 metros) e o Pico do Areeiro (1818 metros), entre outros de menor altitude. Na parte Ocidental destacam-se os pontos mais elevados na zona do Paúl da Serra, nomeadamente, o Pico Ruivo do Paúl (1640 metros) e a zona da Bica da Cana (1620 metros).

O Maciço Montanhoso é um Monumento Natural que integra a Rede de Monumentos Naturais da Região Autónoma da Madeira - Decreto Legislativo Regional n.º 7/2021/M, de 16 de março

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O cunho fortemente acidentado desta área é, sobretudo consequência da ação da água que provoca uma erosão diferencial sobre as rochas piroclásticas. Por este facto, são bem visíveis vales profundos, precipícios e despenhadeiros, consequência da erosão provocada por águas torrenciais. O relevo é assim muito acidentado, onde predominam os declives escarpados. O planalto do Paúl da Serra é considerado o mais importante local de recarga dos aquíferos da Madeira e é servido por diversas infraestruturas, das quais se destacam parques eólicos, postos florestais, zonas de lazer e de recreio, casas de abrigo e parques de merenda, sendo atravessado por uma importante rede viária de estradas principais, secundárias e caminhos florestais.
Para mais informação sobre geodiversidade

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Desde o princípio da colonização da ilha da Madeira, que o aproveitamento da silvo pastorícia, nalguns casos, de forma excessiva e desregrada, levou a uma enorme degradação do coberto vegetal em determinadas zonas do Maciço. Suínos, caprinos e ovinos, utilizavam todas as áreas, muitas vezes de forma anárquica, não permitindo a regeneração conveniente da vegetação. Ao longo dos tempos muitas foram as tentativas para racionalizar esta atividade, sendo que, a partir dos anos 80 do século passado, e de forma mais intensa, é que se logrou que a pastorícia deixasse de causar tanta devastação no coberto vegetal. Em 2003, conduzido pelo Governo Regional e com a colaboração voluntária de todos os intervenientes, conclui-se finalmente o processo de retirada do gado, tendo a vegetação do Maciço Montanhoso entrado finalmente num processo de recuperação, já hoje visível. O investimento feito, não só na atribuição de indemnizações pela retirada de gado, mas também, no esforço de arborização e florestação de centenas de hectares neste espaço, vem dando os seus frutos, cobrindo, de forma lenta, mas segura, o Maciço de um tapete verde que aumenta continuamente, não obstante a devastação causada pelos incêndios florestais do verão de 2010.


Está classificado como Zona de Proteção Especial, ao abrigo da Diretiva Aves, e como Zona Especial de Conservação, integrando a Rede Natura 2000. O Maciço Montanhoso faz parte igualmente do Parque Natural da Madeira com a designação de Reserva Geológica e de Vegetação de Altitude, acrescido do facto da maioria da área ter sido submetida, nos fins da década de 50 e princípios de 60 do século passado, ao Regime Florestal e integrar, total ou parcialmente, vários Perímetros Florestais.

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O Maciço Montanhoso da ilha da Madeira é detentor de paisagens de rara beleza, que contrastando com as zonas de baixa altitude, apresenta no Inverno, longos mantos de cor branca, consequência da queda de neve. Ao nível da biodiversidade, a flora vascular de altitude, que ocorre acima da cota dos 1300 metros, exibe cerca de 54 espécies endémicas, incluídas em 22 famílias, algumas restritas aos picos mais elevados do Maciço, como a Estreleira, a Urze-rasteira, o Hissopo, a Arméria-da-Madeira e a Violeta-da-Madeira, entre outras. Os briófitos, por sua vez, apresentam uma grande cobertura e desempenham funções importantes na colonização, na estabilidade do solo e na dinâmica dos ecossistemas.

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Relativamente à fauna, é obrigatório salientar a Freira-da-Madeira, uma das aves marinhas mais ameaçadas do Mundo que ocorre exclusivamente na ilha da Madeira, com o estatuto de conservação “Em Perigo”. Vive exclusivamente no mar, apenas vindo a terra durante a época de reprodução, entre fins de Março e meados de Outubro, altura em que podem ser ouvidas ao cair da noite quando voltam para os seus ninhos.

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Alguns dos outros vertebrados que aqui ocorrem são comuns à Laurissilva, designadamente o Bis-bis, o Tentilhão e a Lagartixa, só para referir alguns exemplos.
Quanto aos invertebrados terrestres, é a comunidade de artrópodes terrestres que apresenta a maior riqueza faunística, distribuída por uma grande variedade de grupos. É de salientar ainda o grupo dos Aracnídeos que ostenta uma presença bastante significativa ao nível das aranhas, dos ácaros e dos pseudoescorpiões, entre outros.

Relativamente aos vertebrados introduzidos, no Maciço Montanhoso ocorrem várias espécies de mamíferos como o rato, o murganho e o gato, animais predadores cujo controlo é determinante para a perenidade das espécies autóctones existentes na área, como é o caso específico da Freira-da-Madeira.


Legislação

Lista de Espécies Isentas de Licença prevista no artigo 4.º do Decreto Legislativo Regional n.º17/2023/M, de 11 de abril, retificado pela Declaração de Retificação n.º2/2023/M, de 2 de maio (sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais)

Decreto Legislativo Regional n.º 17/2023/M -  Aprova o regime jurídico aplicável ao controlo, à detenção, à introdução na natureza e ao repovoamento de espécies exóticas na Região Autónoma da Madeira e assegura a execução, na ordem jurídica regional, do Regulamento (UE) n.º 1143/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro de 2014, relativo à prevenção e gestão da introdução e propagação de espécies exóticas invasoras.

Lista Regional de Espécies Invasoras

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A Ponta de São Lourenço é o extremo mais oriental da Ilha da Madeira, ocupando nove quilómetros de comprimento, em forma de península, no final dos quais se encontram o ilhéu do Desembarcadouro (ilhéu da Metade ou da Cevada) e o ilhéu do Farol (ilhéu da Ponta de São Lourenço ou de Fora).
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Nesta área, assume particular relevo paisagístico, a Baía d’Abra, que pela sua configuração e grande extensão proporciona condições de ancoradouro excelentes. A Oeste, após a marina da Quinta do Lorde, encontra-se a pitoresca Prainha – pequena praia de areia escura. Sobranceira a esta encontra-se o Morro da Piedade, um cone vulcânico, onde foi erigida uma capela alusiva a Nossa Senhora da Piedade, no século XVI. A Norte da Prainha, assumem relevo as Dunas da Piedade. Este edifício dunar guarda fósseis do Quaternário, com 300 mil anos, constituindo registos únicos na Europa. Encontram-se aqui raízes fossilizadas, que indiciam a existência ancestral de uma vegetação bastante mais abundante e de maior porte, do que aquela que agora caracteriza a área.
A Ponta de São Lourenço é um Monumento Natural que integra a Rede de Monumentos Naturais da Região Autónoma da Madeira - Decreto Legislativo Regional n.º 7/2021/M, de 16 de março.
Para mais informação sobre geodiversidade

As entradas na Área Protegida da Ponta de São Lourenço  têm um custo de 1€ para todo o visitante com mais de 12 anos (consultar Portaria n.º 60/2023, de 31 de janeiro).

De acordo com a Portaria em vigor, a partir do dia 1 de abril de 2023, a visita é gratuita para residentes da Região Autónoma da Madeira mediante a apresentação de comprovativo de residência ( Simplifica )

Visitante > 12 anos – 3€

Visitante ≤ 12 anos – gratuito



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O ilhéu do Desembarcadouro e todo o extremo da península até ao muro de pedra da Baía d’ Abra foram adquiridos pela Região, através de uma iniciativa do Serviço do Parque Natural da Madeira, em 1994. A Casa do Sardinha, onde atualmente se encontra um dos centros de receção do IFCN, foi construída por particulares em meados do século XX, com o intuito de servir como lugar de refúgio e de férias.

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Gestão e Proteção

Esta área, bem como toda a área marinha adjacente da costa Norte até à batimétrica dos 50 metros, estão integradas na Rede Natura 2000 como Zona Especial de Conservação. Em 2014 foi criada uma Zona Especial de Conservação cujos limites coincidem com os limites da ZEC incluindo também a área marinha a Sul até à batimétrica dos 50 metros (Decreto Regulamentar Regional nº3/2014/M, de 3 de março de 2014). Em 2015, os limites da ZPE foram alterados passando a incluir a área de ZEC, passando a incluir uma área de 1320ha (Resolução nº1226/2015, de 29 de dezembro de 2015).  

O uso deste território é regulamentado pelo Plano de Ordenamento e Gestão da Ponta de São Lourenço, que estabelece Áreas de Proteção Total (os Ilhéus do Desembarcadouro e do Farol), Áreas de Proteção Parcial (península da Ponta de São Lourenço) e Áreas de Proteção Complementar (as praias, miradouros e Capela da Nossa Senhora da Piedade).

Pela singularidade e riqueza dos seus valores naturais, a Ponta de São Lourenço surge como um lugar de referência para quem procura a prática de turismo de natureza na Região, sendo cerca de 150 o número de pedestrianistas diários que a visitam. O Centro de Receção, que se localiza no final do trilho adstrito a esta área, oferece aos seus visitantes, por meio de uma exposição, um conhecimento acerca dos valores patrimoniais de maior relevância do sítio, abordando temáticas como a sua geologia, flora e fauna. 

Lista de Espécies Isentas de Licença prevista no artigo 4.º do Decreto Legislativo Regional n.º17/2023/M, de 11 de abril, retificado pela Declaração de Retificação n.º2/2023/M, de 2 de maio (sem prejuízo do cumprimento de outras disposições legais)

Decreto Legislativo Regional n.º 17/2023/M -  Aprova o regime jurídico aplicável ao controlo, à detenção, à introdução na natureza e ao repovoamento de espécies exóticas na Região Autónoma da Madeira e assegura a execução, na ordem jurídica regional, do Regulamento (UE) n.º 1143/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de outubro de 2014, relativo à prevenção e gestão da introdução e propagação de espécies exóticas invasoras.

Lista Regional de Espécies Invasoras

Decreto Legislativo Regional n.º 7/2021/M, de 16 de março - Cria a Rede de Monumentos Naturais da Região Autónoma da Madeira

Para pernoitar na área protegida da Ponta de São Lourenço peça a sua autorização no Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza, IP-RAM.

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Biodiversidade
Na Ponta de São Lourenço, a diversidade biológica existente, é fortemente condicionada pela aridez e pela predominância de ventos, conferindo à vegetação características únicas dentro da Região da Macaronésia. Constituída essencialmente por plantas que estão adaptadas aos climas secos ou com longos períodos de seca, nesta área estão identificadas cerca de 160 espécies diferentes, das quais 141 na Ponta de São Lourenço (península) e 71 no ilhéu do Desembarcadouro.
A importância da flora vascular é reforçada pela percentagem de plantas endémicas da Macaronésia (8%) e do arquipélago da Madeira (14%), sendo algumas delas exclusivas desta área. A vegetação natural é composta essencialmente por muitas herbáceas anuais e bienais, associadas a alguns arbustos e raríssimas árvores de pequeno porte. As plantas que mais se destacam pela sua unicidade são a Estreleira, a Perpétua e a Vaqueira.

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Na base e nas fissuras das rochas observam-se pequenos fetos, musgos e hepáticas. No ilhéu do Desembarcadouro, o terreno é aberto e coberto por vegetação rasteira e arbustiva. Constitui o último repositório de vegetação indígena característica do litoral, em bom estado de conservação, existente na ilha da Madeira, onde a forma mais rica são as extensas manchas de Trevina. Além disso, neste ilhéu o interesse florístico é imposto pela ocorrência de vários endemismos macaronésicos e madeirenses, como são exemplos, a Alpista e Almeirante, entre outros.

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Esta área protegida está incluída na Rede Natura 2000 por ser uma Zona de Conservação Especial. No âmbito da BirdLife International está classificada como “Important Bird Area”, por ser um local de nidificação de algumas aves marinhas protegidas, tais como, a Cagarra, a Alma-negra, o Roque-de-castro e o Garajau-comum. O ilhéu do Farol é um local por excelência de nidificação de aves marinhas por não possuir quaisquer predadores terrestres, enquanto o ilhéu do Desembarcadouro é mais condicionado dado a existência de ratos. No entanto, é neste último que nidifica uma das maiores colónias de Gaivota-de-patas-amarelas da Região. As aves terrestres mais frequentes são o Corre-caminhos e o Pintassilgo, e as rapinas Manta, Francelho e Coruja-das-torres. Muitas outras aves migradoras visitam esta área, sendo o Maçarico, uma das mais representativas. Um grupo de animais com grande interesse, pela sua diversidade e singularidade, é o dos invertebrados. Este é representado essencialmente por moluscos e artrópodes. No entanto, apesar da existência de um levantamento dos moluscos da área e da identificação de alguns invertebrados, os conhecimentos sobre este grupo são ainda limitados. São conhecidas 35 espécies de moluscos terrestres, das quais 24 são endémicas do arquipélago. No ilhéu do Desembarcadouro foram identificadas 14 espécies, sendo 12 endémicas e, no ilhéu do Farol, 13 espécies sendo 11 endémicas. Um vertebrado terrestre nativo muito frequente nesta zona é a Lagartixa.

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A fauna marinha está fundamentalmente bem representada e é abundante e diversificada. Na zona médio litoral, encontram-se povoamentos de Lapas e de Caramujos, sendo o Caranguejo-vermelho também abundante. Nos fundos rochosos, são frequentes os Pepinos-do-mar e Ouriços-do-mar. A juntar-se a estes animais, encontram-se várias espécies de Esponjas, Anémonas e Estrelas-do-mar. Relativamente ao grupo dos peixes merecem destaque o Sargo, as Castanhetas e o Bodião. Marcam também presença nestas águas, peixes de grandes dimensões como é o caso do Badejo e do Mero.
Nestas águas ocorrem também Tartarugas e várias espécies de mamíferos marinhos como os Golfinhos e o emblemático Lobo-marinho.

Para mais informação sobre fauna 

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